quinta-feira, 20 de setembro de 2012

LIBERDADE OU ILUSÃO? QUEM SAÍ A GANHAR COM O ACTO ELEITORAL?


A ilusão de que é possível às forças progressistas chegar um dia ao poder através de eleições, está muito difundida. Tal convicção é utópica e perniciosa!


Essa visão infantil e imatura politicamente, cria e criou ilusões na maioria dos povos. Isso tem evitado, ao longo de quase já um século, desde praticamente o final da II guerra Mundial, a luta frontal contra o sistema do grande capital. 


Em Portugal, são já passados 38 anos de ilusão, de frustração nas esperanças de uma evolução social, ou de uma revolução não só socialista, mas até democrática. 


Uma grande burguesia, dependente do poder financeiro mundial, mas muito mais sofisticada do que a anterior, mais intimamente ligada ao imperialismo, aos poucos e poucos se acercou do poder politico e reforçou o seu poder económico e de denominação dos mídia. 


Esta nova ascendente classe de burgueses, descendente da anterior geração de burgueses do tempo de Salazar e de Caetano, é muito mais persepicaz do que a anterior. Ela soube gerir a cena política nacional através das suas forças políticas mais representativa e a ela mais chegada, PS, CDS, PSD e ICAR.




Esta nova burguesia soube dominar e unir a corrente de pensamento do egoísmo patente no lucro e na exploração existente na sociedade, usando a sua capacidade de organização e controle da sociedade e implantando e mantendo intacto o seu sistema através da exploração e da imposição da sua filosofia de vida anti-humanidade. Uma religião, um poder empresarial e financeiro, um aparelho de estado repressivo e seus cães de fila dos partidos!


Ela encontra-se instalada no poder, ajudada e servindo-se de seus serventuais, os partidos políticos, cujo o povo elege por simpatia pessoal ou por simples crença no seu partido-Clube que lhes trará uma vida melhor. 


Não se discute, não se vota e não se constrói um programa de governação a ser implementado, vota-se na cor da camisola, vota-se no sorriso e na ilusão. 


O povo é injuriado pela oposição e pelas forças que se dizem progressistas o acusando da sua falta de interesse e da sua falta de inteligência. Aqui e em todo o caso é o poder, a classe dominante quem mais divide para melhor reinar. 


Seu jogo de pretensa liberdade de voto e de eleições livres, acabou levando o povo e forças ditas progressistas da sociedade a caírem no seu engodo da perpetuação do sistema de exploração do homem sobre o homem. 


Nem o povo, nem os partidos, nem as forças ou personalidades progressistas e democráticas que se reclamam, de progressistas, democráticas e até revolucionárias, entendem o logro em que caíram. Tal é a ânsia de uma vida e de uma sociedade melhor porque anseiam, que nem se dão conta que são como ovelhas, num redil de lobos. 


Sob alguns aspectos a luta contra o sistema em Portugal (é igual em quase todo, ou mesmo em todo o mundo) é hoje muito mais difícil do que na época da ditadura fascista de Salazar e Caetano, porque as condições subjectivas são menos favoráveis e muito mais dificil se torna definir onde está o inimigo comum a abater e porque unir e com quem forças contra o sistema, contra o regime. 



Para a burguesia o inimigo é simples de identificar, é o povo, as camadas mais baixas da sociedade que facilmente domina e todas as restantes camadas de classe da população, pequena, média e media alta classe. Ela nem tem de se preocupar com quem é seu inimigo, porque são todas as ditas camadas de classe.  À burguesia, basta-lhe apenas montar seu cenário organizacional de exploração de massas e em massa, da força de trabalho das restantes classe que interveiem na produção, nos sectores primário e nos serviços, sector terciário da actividade económica.



Já para o povo e a maioria da população a capacidade e a dificuldade de saber identificar e mesmo, entender que tem um inimigo de classe, que de forma cruel , de forma brutal e desumana o dirige e o explora, é muito mais difícil. Na maior parte dos casos, a maioria não entende , nem admite que existe uma tal classe que assim o domina. O povo vive na ilusão de que vive num regime democrático e muita culpa disso a tem os partidos que se dizem seus amigos.


O novo escravo, o escravo moderno, nesta moderna servidão, julga ser livre, não reconhecendo a existência do seu senhor e da sua servidão, não se dá conta de ser ainda o escravo de outrora! 


Se o povo, se as classes mais desprotegidas da sociedade, mal têm com que se suster, não é esta classe que mais incomóda, não sera ela que saberá como unir forças para de sua miséria saír e muito menos terá capacidades culturais, de educação para se oganizar na luta contra o sistema. 


Eles lutarão de forma anárquica, de forma individual, de forma criminal contra o sistema sem que disso se deem conta o estão combatendo pela forma errada. Muitos de seus filhos entrarão no mundo do crime e serão levados aos tribunais e ás prisões. 


É aqueles que tiveram acesso a uma educação e obtiveram o conhecimento, que caberá se erguerem na luta contra as maiores injustiças que a todos na sociedade, este sistema de coisas, a todos atinge. 




As instituições existentes e os partidos políticos, sobretudo os reclamados de oposição, PCP PS e Bloco de Luxo e a denominada Constituição da República Portuguesa (a qual tem sido alterada por sucessivos ataques-reforma da dita Constituição, cujo documento para a classe dominante e partidos politicos seus representantes, que tem chegado ao poder, PS, PSD e CDS, não passa de um simples papel que sempre que o queiram o rasgam e o substituem por outro mais torpe) levam milhões de portugueses, a maioria da cidadania, da cercania das cidades, das zonas urbanas e das cidades, a crer que o regime português é democrático e progressista.



Esses ingénuos pensam que o regime, a sociedade em que vivem, veio para ficar e durar, que apesar da miséria de vida volvida de novo, é possível pelo voto em eleições, no que julgam ser uma sociedade democrática, melhorar a sociedade e inclusive chegar ao poder, o tomando por dentro e fazer avançar a sociedade para um novo patamar social. 


Ora, no entanto, na prática vivemos sob uma ditadura da burguesia de fachada democrática, onde a exploração do homem sobre o homem é uma constante e uma galopante diária. Contudo, somente uma pequena minoria de portugueses desta realidade visível, mas invisível para a maioria da população, pelas razões mais diversas, dessa realidade tem consciência. 


O que se passou na sociedade portuguesa foi uma adaptação a uma nova ditadura, agora a dos partidos livres e antes ilegais, a ditadura do mesmo e sempre sistema capitalista da classe dominante burguesa, empresarial e financeira, a ditadura do Mercado Financeiro Mundial, (FMI, BCE e BM) através da ditadura da União Europeia.