A propósito de um assassinato de um pequeno criminoso na estação de Campolide, por agentes da PSP!
Muito mal vai a mente humana quando não se compadece com a morte de um seu semelhante.
Toda a morte de um ser humano é algo
absolutamente lamentável e a todos deve exigir consternação. Não atender a
princípios humanistas é fazer de nós uns absolutos “selvagens”. Este termo, o
de selvagem nem tampouco se pode comparar ao que usamos para determinar outras
espécies ou mesmo humanos que vivem ainda hoje em civilizações ditas mais
atrasadas.
Congratularmo-nos, ficarmos satisfeitos
com a morte de um qualquer de nossa espécie é corromper todos os princípios de
homem civilizado, é ser pior do que as bestas.
Ninguém faz, e eu tampouco faço a
apologia da defesa de criminosos, mas jamais poderei também defender aqueles
criminosos que em nome da justiça matam outros criminosos, porque todos somos
um ser, uma vida e a vida é a única coisa sagrada neste mundo e por tal ela
deve ser respeitada.
Muitos dos que se regozijam pela morte
de um jovem criminoso são por certo, católicos não praticantes, pessoas
que se dizem crer nos ensinamentos do catolicismo, que baptizam seus filhos,
que efectuaram casamentos religiosos, que assistem a missas, que foram até
crismados e veja-se a sua moral e conduta.
Outros dir-se-ão crentes apenas cristãos
e outros crentes em Deus, pois sabemos que segundo as estatísticas assim as
pessoas se intitulam em Portugal e no entanto veja-se a sua moral e seus
princípios serem os de gente sem consciência ao se congratularem com a morte de
um seu semelhante esquecendo que eles mesmo caso tivessem nascido naquele corpo
e naquela família teriam feito exactamente o mesmo percurso de vida que o
pequeno criminoso fez.
Esquecem essa pessoas que é o meio que
faz o homem , que o homem é produto do meio em que foi criado. Esquecem que
todo aquele que mata outro ser humano faz dele um criminoso, um assassino e
que quem apoia assassinos é pessoa cúmplice com assassinatos.
Ninguém, sob que forma alguma, tem o
direito de tirar a vida a outrem. Este é o principio do humanismo e não o da
barbárie.
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